Cena da novela "Dancin' Days", um grande sucesso que marcou a década!
Hoje é dia do nosso Top Five de novelas dos anos 70.
Antes de mais nada, mais uma vez, quero me antecipar e já me defender. Este texto não é sobre as melhores novelas da década de 70, mas a minha seleção das que considero mais importantes, ou seja, aquelas que, de alguma forma, foram decisivas para alguma mudança ou evolução.
Qualquer reclamação, falem com a Santa Clara!
Dito isso, vamos ao Top 5 dos anos 70 (a ordem é cronológica):
Irmãos Coragem (1970)
Falamos de "Irmãos Coragem" por diversas vezes aqui nas matérias anteriores. A novela foi muito importante na grande "virada" da Globo, quer passou a exercer a hegemonia na audiência. Mais do que isso, a novela de Janete Clair "matou" de vez a era dos dramalhões que assolaram a TV nos anos 60.
A trama contava a história de João (Tarcísio Meira), Jerônimo (Cláudio Cavalcanti) e Duda (Cláudio Marzo), os "irmãos coragem", que moravam na fictícia cidade de Coroado, governada pelo inescrupuloso Pedro Barros (Gilberto Martinho). O vilão fazia de tudo para se manter no poder.
Quer saber mais sobre a novela? Como já escrevemos sobre ela, leia os textos "Novelão de Janete Clair foi uma das responsáveis pela guinada da Globo" e "Irmãos Coragem pôs fim à era de dramalhões na Globo".
O Bem Amado (1973)
Primeira novela em cores do Brasil, "O Bem Amado" fez muito sucesso ao trazer um estilo bem "abrasileirado" de folhetim. As mazelas políticas e sociais de uma cidade fictícia, batizada de Sucupira, num tom de humor, era contada através do protagonista: Com um discurso demagógico, Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo) se elege como prefeito com a promessa de construir um cemitério na cidade.
A chegada do matador Zeca Diabo (Lima Duarte) dá "esperança" ao prefeito de cumprir sua promessa. Mas Zeca não mata mais "nem uma mosca". Com o passar da novela, Zeca descobre que Odorico foi responsável por uma injustiça em seu passado e decide mata-lo, inaugurando, enfim, no final da história, o cemitério da cidade.
Mulheres de Areia (1973)
Ivani Ribeiro escreveu um dos maiores sucessos da TV Tupi naquela década. Era a história das irmãs gêmeas, uma má (Raquel) e uma boa (Ruth), numa pequena vila de pescadores. Em determinado momento, a vilã era dada como morta e, Ruth, assume a identidade da irmã, numa trama de "tirar o fôlego".
Vividas por Eva Wilma, a trama foi um grande marco da emissora. Foi um "sopro" fora Globo, que já era líder de audiência. Eva chegou a ganhar prêmio de melhor atriz APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
A Globo decidiu fazer um remake da história em 1993 com Glória Pires no papel principal e foi, novamente, um grande sucesso.
O Rebú (1975)
Imagina uma novela de 112 capítulos com uma história que se passa em apenas 24 horas? "O Rebú" marcou não só pelo sucesso, mas pela ousadia em contar a história de uma maneira diferente. Rompia de vez a narrativa tradicional das novelas até então.
Braulio Pedroso, que já tinha revolucionado o gênero com "Beto Rockfeller", mais uma vez deixaria seu nome cravado na história da dramaturgia nacional.
Na trama, o milionário Conrad Mahler (Ziembiski) organiza uma festa em sua mansão para recepcionar a princesa italiana Olimpia Boncompagni (Marília Branco). Todos querem participar e vários "penetras" adentram na festa, desde bandidos, malandros, artistas e socialites. A noite termina com um crime: um corpo aparece boiando na piscina. Todos os convidados da festa são suspeitos, assim como as outras pessoas que estiveram na mansão durante o evento. Além do "quem matou?", o público se questionava "quem morreu?"
A Globo reeditou a novela como "novela das dez" em 2014.
Dancin" Days (1978)
Baseada num argumento de Janete Clair, mas escrita por Gilberto Braga, a novela foi um marco. Até hoje é lembrada para ilustrar os anos 70, pelo clima musical e pela moda que ditou regras. A novela contava a história de Júlia (Sônia Braga) e sua inescrupulosa irmã, Yolanda (Joana Fomm).
Julia, havia sido presa por atropelar um homem e deixou uma filha (Gloria Pires) que fora criada pela irmã. Ao sair da prisão, Julia tenta se reaproximar da filha usando uma identidade falsa e tem embates memoráveis com Yolanda. Não adianta nada! A filha a rejeita, principalmente quando descobre a farsa da mãe.
Após ser presa de novo, injustamente, ela vai embora do Brasil e volta como Tieta voltou para o Agreste: rica, poderosa e disposta a se vingar de seus inimigos, inclusive sua irmã.
Tudo isso com uma trilha sonora que marcou época, cores que deixam os olhos brilhando e um astral que contagiou o público.
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