O "Memória da TV" está prestando uma homenagem às telenovelas, que em dezembro deste ano comemoram 70 anos no Brasil. E nossa viagem, que já começou, é "de trás para frente".
Regularmente, um texto novinho pra você, com curiosidades e muita história.
Hoje vamos falar de "Ídolo de Pano". Sente só o novelão:
Pauline Clermont (Carmen Silva) é a milionária proprietária da tecelagem Clermont, uma das maiores da América Latina. No entanto, ela se vê doente e quer que um dos seus dois netos, seus únicos herdeiros, assuma o comando da empresa: Jean (Denis Carvalho), um médico de carreira promissora, porem muito ambicioso; e Luciano (Tony Ramos), um playboy de bom coração, que preferiu as farras aos estudos.
O grande desejo de Pauline é tornar Luciano uma pessoa responsável e presidente da indústria. Mas ele acaba sendo vítima das armações de Jean, que tem o intuito de tirar Pauline do comando e vender a empresa a um grupo estrangeiro. As coisas pioram quando Jean descobre que não é neto legítimo de Pauline e Luciano se apaixona pela jovem operária Andréia (Elaine Cristina).
Durante a novela alguns contratempos foram resolvidos: Elaine Cristina ficou grávida. Como sua personagem era uma das principais da história, o autor Teixeira Filho fez com que Andreia também engravidasse.
A trama, bem escrita e articulada, fez com que a novela se transformasse num grande sucesso da TV Tupi, no ar entre 1974 e 1975. O suspense criado no meio da trama, através de um carta reveladora que passou de mão e mão, fez a novela atingir seu ápice. O sucesso foi tamanho que a emissora não pensou duas vezes antes de estica-la. E muito! De seus 120 capítulos previstos, acabou com 227. Teve direção de Henrique Martins e Atílio Riccó e supervisão de Carlos Zara.
Com um elenco repleto de atros, não chegou a vencer a Globo no Ibope, mas fez a Tupi respirar um pouco mais aliviada na faixa das 20h.
Em 1993 a Globo produziu a novela "Sonho Meu", de Marcílio Moraes, que mesclou as histórias de duas telenovelas de Teixeira Filho: "Ídolo de Pano" e "A Pequena Órfã" (TV Excelsior, 1968). A nova versão foi um grande sucesso como Beatriz Segall, Patrícia França, Fábio Assunção e Leonardo Vieira.
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